quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Release II


Vapor Barato

José Valdemar de Oliveira


Vapor barato reúne nove contos escritos com a fala das ruas. Apresenta uma prosa hostil que encena a vida noturna e o submundo da cidade com a mesma expressividade com que representa o cerrado nordestino ou as pequenas cidades litorâneas, interior miserável, repelente, que se opõe à atração quase magnética da metrópole.

As personagens, pouco a pouco, enquanto transitam nas fronteiras do urbano, afastam-se de si mesmas devido às exigências desse ambiente decadente e, por fim, são absorvidos pela grande cidade.



José Valdemar de Oliveira, nascido em 04 de julho de 1965, em
Maragogi, extremo norte do litoral alagoano, escreve desde os 16 anos.
Ganhou seu primeiro prêmio literário aos 19 em um concurso estadual
de contos. Posteriormente, recebeu outros dois prêmios da Academia
Alagoana de Letras, gêneros romance e conto. Foi finalista do Concurso
Guimarães Rosa, promovido anualmente pela Radio France
Internationale. Vapor Barato é o seu primeiro livro publicado.


VIVEIROS DE CASTRO EDITORA LTDA
Rua Jardim Botânico 600/307 cep. 22461-000 Rio de Janeiro RJ
(21)2540-0076 • www.7letras.com.br • divulga@7letras.com.br

Vaporzinho na G Magazine


Um cara que se tonou amigo, de Sampa, jornalista, foi quem primeiro viu e me passou e-mail, contando a boa nova: vi teu livro na G. Ansioso que só eu sei, começo a buscar a revista desesperadamente. Na única banca da minha casta cidade não vende. Acho que nunca viram um homem nu. Sem maiores comentários. Apelo pra Natália. A coitada até que tenta, se esforça, e nada consegue. E eu cada vez mais louco. Até Thereza viajar e se oferecer pra trazer a revista. E traz. Thereza não sofre de falso pudor. Me presenteia. Rasgo a embalagem depressa. Saio folheando. Cadê? cadê? onde tá? Encontro. Na mesma página de Paula Toller e outros grandes artistas de peso. Vibro.

Eu na revista A Capa


É a primeira vez que me vejo numa publicação de âmbito nacional. Estréio novas emoções... Contemplo a foto - até que saí bonitinho, né? - leio o texto e recebo a sublime visita de Narciso... Mas o detenho dentro de mim.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Release de Vapor Barato


VAPOR BARATO


Sexo, drogas e rock'n'roll. Muito distante dos lugares comuns, os textos que compõem este Vapor Barato flertam com a marginalidade em todos os sentidos: os transgressores, os párias da sociedade, aqueles que também amam, desejam e vivem, e que nos seus sonhos, paixões e conflitos revelam um pouco de todos nós, loucos e humanos. Literatura visceral, a ser devorada com urgência.

Resenha do site A Capa

Cultura - Literatura

Leia um livro

Urbanos ou não, jovens transgressores inspiram contos
Por William Magalhães
13/8/2007

É gostoso ler Vapor Barato, o primeiro livro publicado do escritor alagoano José Valdemar de Oliveira. Publicado em fevereiro deste ano pela editora 7letras, o livro foi selecionado para concorrer na fase inicial do Prêmio Portugal Telecom de Literatura, um dos mais importantes do gênero e que atualmente tem entre seus indicados Santiago Nazarian e Daniel Galera. Este segundo é autor de “Até o dia em que o cão morreu”, que deu origem ao filme Cão Sem Dono.Voltando ao vap, ops, livro, o leitor encontrará nove contos cheios de sentimentos e sensações. Dá a impressão de estar na pele dos personagens e saber ou tentar saber suas próximas falas e/ou pensamentos. É um livro que provoca, meche com valores e conceitos e, por que não?, pré-conceitos.De leitura rápida e linguagem ágil o livro abre com Tão Sexy Gay que inicia assim: “As noites de sábado foram feitas pra transgredir os limites estabelecidos”. E da mesma forma que Gilda, a protagonista-perua do conto, transgride os limites estabelecidos da noite e vai para baladas e raves se dividindo em mil amores e ressacas, José Valdemar transgride também alguns limites, surpreendendo o leitor com histórias imprevisíveis.Todos os contos são bons, claro que uma pessoa pode gostar mais de um que de outro, entre os meus preferidos está “E o Homem Fez a Mulher (Ou: O Eterno Teatro da Hipocrisia)” na qual um casal, digamos, discute a relação de uma maneira bem inusitada com direito a uma platéia bafônica.Vapor Barato, o conto que dá nome ao livro, fala de como a vida numa cidadezinha muda radicalmente após a chegada de uma visitante revolucionária. Uma turminha de amigos passa a fazer umas festinhas bem estilo comunidade hippie anos 60. Os encontros subversivos do grupo de amigos são responsáveis pelas partes picantes do livro. Cada um dos envolvidos narra a sua visão da história “...ganhou coragem e nos expôs seu desejo fora da lei. Até então, pressionando por um batalhão endemoniado, só saía com garotas. Raramente. Fui seu primeiro cara a foder seu rabo. Curto uma chupadinha, comer um cuzinho, mas não sou gay. Aí não, né?, tinha as meninas também. Boas bocetinhas. (...) Não pretendia magoá-lo por nada neste mundo. Me limitava a sorrir, botar o pau pra fora, ele metia a boca, botava camisinha, se posicionava e eu me enfiava. Pra mim era só isso, curtição sexual com um amigo. Entre os sectários do grupo, ele foi aceito naturalmente, e nunca mais se sentiu rejeitado, um bicho estranho. Que se foda o sistema!”É importante frisar que os contos não são narrativas sexuais, a parte citada acima é só um trecho de um parágrafo. Boa parte não é nem gay, quer dizer, até é, mas todo o contexto homoerótico presente está nas entrelinhas. Sessão da Tarde, o conto que encerra o livro, fala de uma tarde num cinemão. Babado.Tem mais detalhes sobre José Valdemar e seu livro na
5ª edição da revista A Capa. Para acessar o site da editora você pode clicar aqui. No site da Livraria Cultura foi o único lugar em que encontrei o livro, mas confesso, não tive tempo de dar um google. O contato do escritor, a quem interessar possa é jvodede@ig.com.br